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A LER (Lesão por Esforços Repetitivos) é uma doença nova e tem alguns aspectos ainda desconhecidos. Por isso, cada médico e cada pessoa tem uma opinião diferente sobre ela. Ainda há muita discussão, ainda não há um consenso. È preciso estudar e pesquisar mais a LER. Alguns médicos, como eu, acham que a LER é numerosa, importante e muito grave. Outros médicos acreditam que a LER não é numerosa, nem importante e nem grave. Outros, ainda, dizem que a LER não existe, que é apenas fingimento de pessoas que querem se aposentar, sem ter este direito. Poderíamos, então, perguntar: se a tendinite (LER) não existe, como é que ela aparece nas fotografias do ultrassom ? Se a tendinite não existe, como é que ela acaba causando ruptura do tendão ? Por isso tudo, é preciso prestar muita atenção na declaração do Juiz do Trabalho Rodolfo Pamplona Filho, que disse que existe "um exército de mutilados por lesão de esforço repetitivo (LER)", em um artigo que foi publicado por diversos jornais escritos do Brasil , no dia 05/02/06. Este Juiz da Quinta Região na Bahia, é professor universitário, Mestre e Doutor em Direito pela PUC-SP e autor de vários livros jurídicos. Ele tem muita base para falar. Ao dizer que existe "um exército" de doentes, ele diz que a doença é muito numerosa. Modestamente, eu concordo com ele: o Brasil está vivendo uma epidemia de LER. E, quando ele chama os doentes de LER de "mutilados", ele está usando uma palavra muito forte, muito significativa. Mutilado é uma pessoa que perdeu uma parte do corpo, como um dedo, uma mão ou um braço. Com esta palavra, ele está querendo dizer que o doente de LER não tem cura. È uma declaração clara, contundente e até chocante, que precisa ser muito bem analisada pelos estudiosos da LER, principalmente pelos médicos peritos do INSS que, geralmente, acham que a LER não é grave. Eles precisam mudar seus conceitos.
(Este artigo foi publicado novamente porque o anterior saiu com uma fotocópia defeituosa)
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