sábado, 23 de setembro de 2017

Reunião dos moradores do Taquaral na década de 50

Publicado pelo jornal "Folha do Taquaral", do 16/03/17, nas páginas 1, 4 e 5.

Universidade Caio Pinto

          Você gostaria de ter conhecido, pessoalmente, Héracles, Menelau, Príamo, Aquiles, Heitor ou Páris?

          Você sabe que o sagrado Juramento de Hipócrates, escrito pelo Pai da Medicina, na Ilha de Cós, em 460 anos a.C. ,tem uma versão resumida, que é repetida na formatura de todo médico, e , tem uma versão integral, na qual, o primeiro compromisso é " dedicar ao meu mestre de medicina, igual respeito ao que dedico aos autores de meus dias" ?

          Os estudantes da nossa Faculdade de Medicina receberam uma dádiva de Deus: eles tem a oportunidade de, facilmente, conhecerem pessoalmente, o prof. Lizwaldo  Mário Ziti, o mais antigo membro vivo da Universidade Estadual de Campinas ("Unicamp"), que continua em atividade, na Capelania do Caism.

          No dia 20/05 de 1.963, o médico oftalmologista Antonio Augusto de Almeida e mais seis lendário heróis, fundaram a nossa Faculdade de Medicina que, posteriormente, cresceu  e se tornou a ciclópica Universidade Estadual de Campinas ("Unicamp").

          Destas sete pessoas, resta apenas um sobrevivente: o prof. Ziti. Este mineiro, da cidade de Guaxupé, hoje com 76 anos de idade, é um químico, que foi pesquisador do Instituto Butantan, durante 20 anos, e. posteriormente, professor de histologia, da nossa faculdade, durante 15 anos.

          Em 1.976, devido à alguma força misteriosa, este brilhante cientista se tornou um Pastor Evangélico, da Igreja Batista. Ninguém entendeu. Até seu antigo amigo, o prof. Cesare Mansueto Giúlio Lattes, mais conhecido como César Lates, outro lendário professor da Unicamp, comenta:
"O  Ziti... agora... vende entradas para o Céu...".

          De qualquer forma, o prof. Ziti é uma lenda viva. Um dinossauro em atividade. Ele pode nos contar histórias verdadeiras e maravilhosas, sobre os primeiros dias da nossa faculdade. Histórias de trabalho, esforço, dedicação, idealismo e heroísmo de nossos primeiros professores

          Há histórias ainda não publicadas, como a dos lendários e heroicos ladrões de gatos (Felix cattus domesticus). Em 1.963, a nossa faculdade era muito pobre. Faltava tudo. O prof. Ziti, junto      com outro lendário e inesquecível professor de histologia, o Dr. Osmar de Lucca, já falecido, às 21 horas, todas as noites, se dirigiam para a ponte que existe na esquina da av. Orosimbo Maia, com Av. Francisco Glicério, com "gatoeiras".

          Capturavam, roubavam, anestesiavam e sacrificavam os gatos, que eram transformados em lâminas de microscópios para que os alunos pudessem estudar histologia. Dezenas de gatos desapareceram da cidade, misteriosamente, e o boato correu.. Até o dia em que sumiu "um gato boniiito,...graaande...cor de cinza, ... angorá, ...com pelos longos (sic)...", que era o xodó da esposa do  Dr. Hernandes, Delegado de Polícia da cidade.

          Tres dias depois, o Delegado surgiu, com 20 soldados, na Faculdade de medicina, que, na época, se resumia a apenas dois andares, do prédio que é, hoje, a Maternidade de Campinas. Só havia uma porta,que servia de entrada e de saída, para a faculdade.

          Os soldados fecharam a porta, encurralando toda a faculdade e revistaram o prédio, procurando o precioso bichano. Felizmente nenhum deles sabia usar microscópios, senão    teriam achado o gato, fatiado pelo micrótomo, embaixo das lamínulas. Só por isso, os dois perigosos meliantes, famigerados  facínoras do mundo felino, escaparam do xilindró.

          O prof. Ziti pode, ainda, contar histórias sobre a pedra fundamental da Unicamp,. que ficou escondida sob a caixa d' água, sobre o primeiro cadáver da nossa faculdade ( o "Jordão", que foi roubado), a tartaruga fosforescente do César Lates, o cachorro Artur, que usava babadouro, a msteriosa gravidez das ratas solitárias do laboratório do Badan Palhares e também da sesquipedal e bustrofédica história da "Fundação Caio Pinto", una épica "comédia grega".

          Em seus primeiros dias, a nossa faculdade queria, desesperadamente, receber a doação de um terreno, para construir o seu prédio. Surgiu a oferta de uma grande área, próxima ao bairro Santa Genebra. Os filhos de um benemérito cidadão, chamado Caio Pinto, já falecido, doariam o terreno.

          Seria instituída a "Fundação Caio Pinto", que seria a proprietária do imóvel. A faculdade receberia o mesmo nome. È fácil calcular que, se a faculdade crescesse (e ela cresceu), a nossa escola  acabaria se chamando "Universidade Caio Pinto", e não Unicamp. O prof. Ziti só não explica porque  é que este projeto não deu certo.




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Dr. Antonio Jofre de Vasconcelos, médico, foi aluno da  IV Turma  de Medicina da Unicamp  e foii jornalista de "O patológico" em 1.967 e 1.968.
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Este artigo foi publicado pelo jornal "O patológico", dos estudantes de medicina, em março de 2.005, na página 7.
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O ombudsman de "O patológico", comenta. na página 4 : "Universidade Caio Pinto", o melhor texto,  disparado, de "O patológico".                                                                                                                   --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Hoje. dia 23/09/2.017, a Universidade Estadual de Campinas ("Unicamp") é a melhor universidade da América Latina.
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sábado, 16 de setembro de 2017

domingo, 10 de setembro de 2017

Fotocópias do artigo Universidade Caio Pinto

Publicado na página 7 do Jornal "O patológico" do Centro Acadêmico dos alunos da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas, ("Unicamp"), na edição de março de 2 005. O comentário do Onbudsman foi publicado na página 4.

Leilão da Mabe (completando)

Publicado no Jornal "Correio Popular", de Capinas, no dia 11/08/17, na página A 8.

Leilão da Mabe

Publicado pelo Jornal "Correio Popular", de Campinas, no dia 11/08/17, na página A 8.

Sem capivaras desaparecerá a febre maculosa

Publicado pelo  Jornal "Correio Popular", de Campinas , no dia 10/09/17, na página  A 3.

Americana tem morte por febre maculosa

Publicado no Jornal "Correio Popular", de Campinas, no dia 31/08/17, na página A 8.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Má alimentação pode causar aids? (digitalizado)

Aids e alimentação
 (digitalização de um artigo publicado na página 5 (cinco) do Jornal da Associação Médica Brasileira, em fevereiro de l989, (repito: 1989). Autor Dr. Antonio Jofre de Vasconcelos, Campinas,(SP).

          Muitos aspectos da Aids ainda permanecem desconhecidos, e, para procurar medidas urgentes contra essa epidemia. somos obrigados a tentar analisar esta doença, ainda sem bases muito sólidas. A Aids costuma estar associada a emagrecimento e dificuldades de cicatrização, e isto nos leva a pensar na hipótese de que esta doença seria causada pelo vírus HIV somado a uma deficiência nutricional.

          Como a Aids parece estar se alastrando mais facilmente em cidades mais desenvolvidas, onde se consomem  alimentos mais industrializados, é possível que esta deficiência seja de algum  sal mineral, pois, como se sabe, o preparos de alimentos provoca a perda de certos sais, dissolvidos ou evaporados, no ato de lavar, cozinhar, assar, congelar, enlatar etc. Este fator nutricional explicaria o fato de atualmente existirem muitas pessoas portadoras do vírus e  relativamente poucos doentes de Aids, na Africa, onde se consomem alimentos menos industrializados. Explicaria também a possibilidade da existência do  vírus, na Africa, há muito tempo, sem  um número elevado de doentes.

          O aidético costuma ter depressão psíquica, e isto nos faz pensar nos sais de lítio, cuja falta no organismo, pode provocar depressão psíquica..O lítio é um oligoelemento, substância rara e essencial para a saúde humana. Entre todos os nutrientes, o lítio tem o menor número atômico (tres) e o menor peso atômico (sete.) e, por isso, pode se dissolver ou evaporar, com facilidade, perdendo-se dos alimentos.

          Quimicamente , o lítio apresenta grande semelhança com  o sódio e o potássio. e deve funcionar junto com estes elementos, na manutenção do equilíbrio osmótico e iônico, das membranas celulares.. Os três são metais alcalinos, que agem dentro dos seres vivos, como eletrólitos positivos monovalentes. A falta de um destes elementos poderia prejudicar este equilíbrio, diminuindo  a estabilidade e vitalidade das membranas citoplasmáticas, tornando-as mais permeáveis, e facilitando a penetração dos vírus da Aids no interior das células. Em problemas neurológicos, ao que parece, a ação terapêutica do lítio é devido à sua capacidade de tornar mais estáveis as membranas dos neurônios.

          Por outro lado, se houver  sempre uma quantidade correta de eletrólitos, a membrana permanecerá mais estável, mais resistente e impermeável, e irá dificultar a entrada dos vírus da Aids, que, permanecendo fora das células. acabará morrendo, com o passar do tempo. Assim, um fator fundamental na profilaxia e na terapêutica da Aids, seria uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras cruas e o tratamento com carbonato de lítio (Carbolitium ou Carbolin) de pacientes que apresentarem dosagem de lítio, no plasma, menor que a normal.


Má alimentação pode causar aids?




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