sábado, 22 de agosto de 2009

Ensaio: doença das capivaras no Estado de São Paulo

Carta ao editor

O mundo está mudando. Algumas doenças estão desaparecendo. Outras, emergentes, estão surgindo ou invadindo novos territórios, sob formas diferentes. Não podemos permitir que isto aconteça. Na cidade de Campinas (SP), no bairro do Taquaral, recentemente, aconteceu um fato muito importante : uma nova doença surgiu, foi combatida e desapareceu.

Em agosto de 2003, no Parque da Lagoa do Taquaral, uma criança contraiu febre maculosa, doença transmissível, muito perigosa, que pode matar até 70 % dos doentes. Ela é muito mais ràpida do que a aids, pois causa a morte em menos de 30 dias. Esta infecção é uma zoonose silvestre, ou seja, é uma doença de animais que vivem nas florestas, e que, às vezes, é transmitida a uma pessoa que entra nas matas, para caçar ou pescar. Aquela foi a primeira vez, na história, que um ser humano contraiu a moléstia dentro da cidade de Campinas. Surgiu , assim, uma nova modalidade epidemiológica: a febre maculosa urbana. Se a presença desta doença, na área rural próxima, já era uma absurdo, permitir a existência de um foco infeccioso, dentro de uma cidade civilizada, como Campinas, era absolutamente inaceitável.

Os epidemiologistas da Prefeitura fizeram um excelente estudo no local e descobriram, com microscópios, a bactéria causadora da febre maculosa (Rickettsia rickettsii) no interior dos carrapatos estrela ( Amblyomma cajennense) e também no sangue das capivaras (Hydrochoerus hydrochoeris) que viviam na lagoa. Como se sabe, a riquétsia pode penetrar e viver no sangue deste animais, sem que eles fiquem doentes. A capivara (hidroquero) se torna um portador são e vive até dez anos, carregando a bactéria e espalhando a doença. Assim, ela serve de reservatório natural e de fonte de infecção, hospedando, armazenando, multiplicando, perpetuando e transmitindo a febre maculosa.

Os hidroqueros hospedam, também, os carrapatos, que se acumulam, aos milhôes, em suas peles. Eles são parasitas, sugam o sangue das capivaras, e contraem as bactérias. O amblioma também hospeda a bactéria , sem ficar doente. Eventualmente, um carrapato transmite o micróbio para outro, na relação sexual. As fêmeas transmitem a bactéria para alguns de seus filhotes, antes do nascimento. Às vezes, um amblioma se solta da capivara e morde uma pessoa, transmitindo a doença. Outras vezes, um carrapato, contendo a riquétsia, se agarra a uma ave, ou a uma passarinho, e é transportada para longas distâncias, até para outras cidades, levando a febre maculosa. Por isso, um foco desta infecção, não tem fronteiras. No novo local, o amblioma pode morder uma pessoa, provocando a doença. Ou pode morder outra capivara, originado um novo foco infeccioso. Por isso, um foco de febre maculosa é muito complexo, e, extremamente perigoso. Como se vê, o hidroquero fornece abrigo e alimento para a bactéria e também, para o carrapato, sendo o responsável, indireto, duplo, pela febre maculosa.

Em setembro de 2003, as autoridades sanitárias começaram a combater os ambliomas do Parque da Lagoa do Taquaral. Mas, a partir do dia 10 de novembro, daquele ano, os moradores do bairro começaram a pedir, em reuniões e em artigos públicados pelos jornais, que os epidemiologistas tomassem uma medida mais eficaz, e, retirassem todas as capivaras que viviam na lagoa, para erradicar completamente a doença. Como médico e morador do bairro, eu participei ativamente desta campanha. Naquela época, não sabia que isso nunca tinha sido feito antes, em lugar nenhum. Era um método novo. Porém, o problema logo se tornou mais político do que científico. O Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, órgão público federal, que tem poder total sobre as capivaras, não queria autorizar a retirada completa daqueles animais. Ele queria que fosse feito o "manejo", que consiste em remover o excesso populacional, ou seja, retirar apenas parte das capivaras da lagoa. Ora, isto era um tremendo absurdo. Estes animais são roedores, como os coelhos, e se reproduzem muito rapidamente: uma fêmea pode ter até 10 filhotes por ano.

Retirar parte das capivaras seria o mesmo que apagar parte de um incêndio: não adiantaria nada. Logo a população aumentaria novamente. Além disso, sabe-se que, basta apenas um destes animais para dar origem à febre maculosa. O Ibama alegava que não autorizava a remoção de todas as capivaras, porque estava defendendo o equilíbrio ecológico. Mas aqueles animais não eram nativos do local. Os hidroqueros tinham sido colocados, na lagoa, como ornamento, em 1996. Na verdade, defender o equilíbrio ecológico, seria devolvê-los às matas. Capivara é animal silvestre, e o lugar delas é na floresta e não dentro da cidade. Ninguém conseguia entender porque o Ibama teimava tanto em defender o tal " manejo " que continuaria mantendo em risco a saúde a população de Campinas.

Finalmente, no dia 10 de janeiro de 2004, o Ibama autorizou a retirada total e ela se iniciou. No dia 7 de outubro, a Prefeitura completou a retirada de todas as 112 capivaras da lagoa. Em consequência disto, os carrapatos sumiram e a doença desapareceu completamente do local. Foi um sucesso imenso: pela primeira vez, na história, um foco de febre maculosa tinha sido totalmente erradicado, por este novo método.

Antes deste acontecimento, o combate à doença consistia em tentar, sem sucesso, eliminar ou evitar o carrapato. È como se estivessem atirando no alvo errado. Há quem chame a infecção de "febre dos carrapatos". Porém, parece que ficaria melhor mudar o apelido. O amblioma já é uma consequência da existência de capivaras. Portanto, a causa inicial da febre maculosa urbana, não é o carrapato, e sim o hidroquero. Comunicamos esse fato à Associação Paulista de Medicina, em um relatório, no qual foi proposta a adoção do nome "doença das capivaras" para os casos de febre maculosa urbana originadas por aqueles animais, em apresentação no dia 8 de outubro de 2004.

Quatro motivos justificam esse novo nome. Em primeiro lugar, clinicamente, a febre maculosa urbana é mais grave que a silvestre, porque ataca mais as crianças, indefesas contra o carrapato e pouco resistentes contra as infecções. Em segundo lugar, ela é mais perigosa porque, nas cidades, a febre maculosa pode contaminar um número maior de pessoas e provocar epidemias.

O terceiro motivo é o seguinte: existem dois tipos bem diferentes de hospedeiros para os carrapatos: o primário ("completo") e o secundário ("incompleto"). O primário é completo, efetivo, perfeito, permanente, prioritário, importante, preferido, predileto, preferencial. São apenas tres: a capivara, os eqüinos (cavalo, jumento, burro e mula) e a anta (Tapirus terrestris). Quando os ambliomas chegam a um novo local, eles colonizam, inicialmente, os primários. Nesses animais eles habitam, sobrevivem e se reproduzem aos milhões. Os primários servem de perpetuadores, multiplicadores, e distribuidores de carrapatos. È como se fossem uma fonte, uma mina, um exportador de ambliomas. Uma população de carrapatos não consegue se estabelecer nem sobreviver em um local sem a presença de ao menos um hospedeiro primário. Em qualquer área, se forem retirados todos os hospedeiros primários, os ambliomas desaparecem, depois de algum tempo. Entre os tres primários, qualitativamente, a capivara é o melhor hospedeiro para o carrapato, porque é anfíbia, prolífica, gregária, silvestre e arisca. Além disso ela possui pêlos longos (9 cm de comprimento), grossos (o,2 mm de diâmetro), duros (como espinhos) escassos e esparsos, que formam uma camada que cobre, esconde e protege os carrapatos. Mais tarde, depois que a população de ambliomas cresce no local, eles começam a passar para os hospedeiros secundários. Esses são hospedeiros incompletos, suplentes, imperfeitos, irrelevantes, precários, provisórios, temporários. Entretanto, exercem importante papel como transportadores de carrapatos e podem dar origem, ocasionalmente, a alguns casos de febre maculosa. Mas não originam populações duradouras de ambliomas, e, por isso, não causam focos permanentes dessa doença. Exceto a capivara, os eqüinos e a anta, todos os outros hospedeiros que existem, para os carrapatos, são secundários. São milhares de espécies de animais. Todos os mamíferos, todas as aves, e até alguns animais de sangue frio, servem de hospedeiros secundários para os carrapatos: rato, morcego, esquilo, gambá, tatu, coelho, lebre, gato, cutia, quati, veado, cão, tamanduá, cabra, carneiro, homem, porco, boi, aves, passarinhos, jabutis, cobras etc. Reparem que o boi é secundário. Sabe-se que dentro das cidades da região de Campinas, não existem antas. E que os raríssimos cavalos existentes são muito bem cuidados: são lavados, escovados, raspados e recebem aplicação de carrapaticidas ( tópicos e injetáveis) periódicamente. Praticamente, eles não tem carrapatos. Além disso, o número de eqüinos dentro das cidades da região está diminuindo a cada ano. Portanto, a capivara é o único (repito: o único) animal capaz de dar origem a focos permanentes de febre maculosa urbana,na região.

Em quatro lugar porque o nome " doença das capivaras" deixará bem claro que o verdadeiro responsável pela febre maculosa urbana é o hidroquero, e não o carrapato, e que, o melhor método para combater essa doença é retirar estes animais de dentro das cidades e não tentar eliminar o amblioma. Será um alerta permanente contra o perigo da existência de capivaras na área urbana. Outra forma de combater essa nova doença é divulgá-la bastante, porque no dia em que ela se tornar famosa, famigerada, ela deixará de existir. Portanto, a comunicação é uma poderosa arma contra esta infecção.

Hoje se sabe que o número de casos de " doença das capivaras" está aumentando muito na região de Campinas, e que ela já matou 20 pessoas ( oito em Valinhos, sete em Piracicaba, duas em Vinhedo, duas em Americana e uma em Louveira). Agora, Campinas precisa também retirar esses animais de outros quatro parque públicos, existentes na cidade: o Lago do Café, no Taquaral, o Parque Yitzhak Rabin, na Vila Madalena, o Parque Hermógenes de Freitas Leitão Filho, em Barão Geraldo, (situado a 100 metros da Universidade Estadual, a Unicamp) e do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, no Jardim Santa Marcelina. Ainda não surgiu febre maculosa nestes locais, mas ela pode surgir a qualquer momento. Retirar as capivaras agora significará obedecer ao objetivo máximo da medicina: a prevenção, ou seja, evitar que as doenças apareçam. Porém, o Ibama está novamente defendendo o manejo destes animais. E, mais uma vez, em defesa da saúde da população, precisamos insistir que é preciso retirar todas ( repito: todas) as capivaras da cidade. Afinal, Campinas é, ou não é, uma cidade civilizada ?

È preciso analisar o problema também, com uma visão mais ampla, pesquisando sua origem, iniciando a partir da geografia. No mundo todo, a febre maculosa é uma doença que só existe nas tres américas. Na América do Norte, a doença é famosa no Canadá, nos Estados Unidos e no México , com o nome de " febre maculosa das montanhas rochosas", ocorrendo sob a forma de casos esporádicos, originados por pequenos animais, como ratos, coelhos esquilos e cães, exclusivamente fora das cidades. Na América Central, a febre existe no Panamá, e, na América do Sul ela é encontrada na Colombia e no Brasil. Na América do Norte, não existem capivaras. Existem hidroqueros no Panamá, Colômbia, Brasil e outros países. Porém, é só no Brasil que esta doença está crescendo, assustadoramente, porque a população de capivaras está aumentando demais nos últimos anos, devido a uma mudança na legislação, descrita adiante. Os hidroqueros silvestres tem sua população limitada por predadores naturais, como onças, sucuris, jacarés e piranhas. Porém, isto não ocorre na área rural e urbana. Até 1988, nas regiões urbanas e rurais próximas às cidades, haviam poucas capivaras, porque elas eram caçadas pelo homem, por causa de sua carne saborosa. Aliás, o nome científico da capivara, "hydrochoerus", significa, em grego "porco da água".

Em 1988, por motivos políticos, o Brasil mudou a sua Constituição Federal. Criou-se uma nova legislação, muito protetora para a natureza, a flora e a fauna silvestre, inclusive a capivara. Proibiu-se a caça de capivaras, em algumas temporadas do ano, em todo o país. Criou-se o Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, para administrar e proteger os animais das florestas. Entre todas a regiões do país, no Estado de São Paulo, o problema assumiu maior gravidade, devido a quatro motivos. Primeiro, porque São Paulo criou a sua Constituição Estadual e as leis orgânicas de cada municipio, trazendo proteção mais rigorosa para fauna silvestre. Proibiu-se completamente a caça de capivaras em qualquer temporada do ano. Hoje, matar uma pessoa, pode ser crime afiançável, enquanto matar um hidroquero é crime ambiental, inafiançável, e leva à cadeia mesmo, por um período de 4 a l6 meses (artigo 32 da lei Federal número 9.605/98). Até parece que a lei protege mais os animais do que o ser humano. Ela se tornou "intocável", semelhante à " vaca sagrada" da India. Além disso, as capivaras não podem nem ser removidas de um local, sem a autorização do Ibama. Em segundo lugar, porque São Paulo é o Estado mais desenvolvido do país, e, por isso, tem uma fiscalização mais efetiva contra caça ilegal. Em terceiro lugar porque é o Estado que tem o maior número de cidades do país. Assim, é lógico que que tem a maior soma de áreas rurais próximas às cidades. Cessando a caça nessas regiões, o número de hidroqueros aumentosu muito.

Em quarto lugar, houve o surgimento da capivara urbana. Elas começaram a migrar, expontaneamente, das florestas e das regiões rurais, para dentro das cidades, porque não foram mais atacadas pelos caçadores humanos, depois de 1988. Outro fator é que surgiu, também, uma mudança ecológica. Dentro e próximo das cidades, as matas ciliares, que cobriam as margens dos rios, foram derrubadas. Por isso, este terreno se tornou mais ensolarado, o que provocou um maior crescimento do capim, que é o alimento preferido dos hidroqueros. Aliás, em tupi-guarani, capivara significa "comedor de capim" . Além disso, dentro das cidades, elas ficaram livres de seus predadores naturais. Por todos estes motivos, as capivaras começaram a invadir as cidades. Dentro do Estado de São Paulo, elas estão aumentando em progressão geométrica, dentro dos bairros, e se tornaram uma perigosa praga urbana.

Tivemos também alguns fatos artificiais, criados pelo homem. Em 1989, aproximadamente, na cidade de Piracicaba, situada a 70 km ao noroeste de Campinas, a Esalq, Escola Superior de Agricultura "Luis de Queiroz", colocou capivaras em uma lagoa, no seu campus, dentro da cidade, para iniciar uma criação experimental, com finalidades econômicas. E, a Prefeitura da cidade de Campinas, em 1996, colocou os hidroqueros nas lagoas de cinco parques públicos, visando ornamentar os locais. A febre maculosa surgiu na região em 1985, na cidade de Pedreira, situada a 30 km ao nordeste de Campinas, e se alastrou ao longo dos rios Jaguari, Atibaia, Camanducaia e Piracicaba, levada pelas capivaras fluviais, causando vítimas nas áreas silvestres e rurais. Dentro da cidade de Piracicaba, no ano de 2000, aproximadamente, tivemos o surgimento do primeiro foco infeccioso permanente de febre maculosa urbana do mundo, na lagoa da Esalq. Casos desta doença começaram a aparecer e, até 2005, ela já causou sete mortes em meio urbano. A Esalq se preocupou e está estudando o problema, mas ainda não encontrou a solução. Há 800 hidroqueros dentro da cidade. Parte da população está pedindo a sua retirada, mas o Ibama não concede a autorização.

Dentro da cidade de Campinas, no Parque da Lagoa do Taquaral, em 2003, surgiu o segundo foco infeccioso permanente de febre maculosa urbana do mundo. O povo do bairro começou a chamá-la de "doença das capivaras". Triste é estudar a ecologia e a biocenose da doença e concluir que os focos existentes dentro das cidade são antropúrgicos, ou seja, construídos pela ação do homem na natureza. Pior ainda é ver que o Ibama não autoriza a solução do problema. Ninguém entende porque. Em Campinas, ocorreu uma excessão: o povo do Bairro do Taquaral pediu, teimou, insistiu e conseguiu a retirada dos hidroqueros.

Para retirar as capivarasa da cidade, o ideal seria capturá-las na área urbana e libertá-las em algum lugar, escolhido pelo Ibama, nos pampas, ao sul do paralelo 26, nos Estados de Santa Catarina ou Rio Grande do Sul, porque, nesta região, o clima frio e a vegetação rasteira impedem que o carrapato se estabeleça, e a doença não aparece. O amblioma é um trioxeno, ou seja, ele precisa descer do hospedeiro e viver no solo,durante certo tempo, tres vezes, para completar os quatro estágios de sua vida: ovo, larva ("micuim"), ninfa ("vermelhinho") e adulto (carrapato estrela). No chão, ele precisa viver embaixo de arbustos que proporcionam um microclima fresco e úmido, escondido dos raios solares. Na vegetação rasteira não há arbustos e o carrapato geralmente morre. Esta mudança deverá ser feita no inverno, porque no verão surgem mais ambliomas e a doença. Outra solução é levar as capivaras para um criodouro comercial, existente na cidade de Miracatu, situada a 150 km ao sudoeste da capital do Estado, perto de Registro, onde elas são aproveitadas, como matrizes. Isto foi feito com as capivaras do Taquaral.

Outros focos da doença das capivaras surgiram nas cidades de Americana,Valinhos, Vinhedo e Louveira. O Ibama concedeu autorização para a retirada total de capivaras da Lagoa do Taquaral, em Campinas, mas não permite que isso ocorra, nas outras cidades. Ninguém entende porque. A população de capivaras está crescendo muito, dentro das urbes da região. Logo a doença deverá atingir Jundiaí e Atibaia. Se alguma medida enérgica não for tomada, provavelmente, logo teremos o o surgimento de uma devastadora epidemia de febre maculosa urbana na região. Como a doença também está aumentando em velocidade alarmante, na área rural, talvez a melhor solução seja liberar completamente a caça de capivaras, no Estado de São Paulo, o mais rapidamente possível.

Antonio Jofre de Vasconcelos, Médico Clínico Geral, mèdico do trabalho e ex-professor de epidemiologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Informações

Local onde foi produzido o manuscrito: na cidade de Campinas, no Bairro do Taquaral.
Endereço para correspondência: Rua Angatuba, 65--Bairro Taquaral--Campinas (SP) CEP 13-077-062 Tel (11 19)32-51-90-62 E-mail: jofrevasconcelos@terra.com.br

Fontes de fomentos: nenhuma.
Conflito de interesses: nenhum.

Data de entrada: 3/10/2005
Data da última modificação: 14/12/2005
Data da aprovação : 31/5/2006

Resumo didático

1---Surgiu uma nova forma epidemiológica da febre maculosa : a urbana.
2---Capivara é animal silvestre, e o lugar dela é na floresta e não dentro da cidade.
3---Foi um sucesso imenso: pela primeira vez na história, um foco de febre maculosa foi totalmente erradicado por um novo método.
4---A capivara é o único animal capaz de dar origens a focos permanentes de febre maculosa urbana na região de Campinas.
5---A " doença das capivaras" ja matou 20 pessoas (oito em Valinhos, sete em Piracicaba, dois em Vinhedo, dois em Americana e uma em Louveira).
6---Se alguma medida enérgica não for tomada, provavelmente logo teremos o surgimento de uma devastadora epidemia de febre maculosa urbana na região.

Esta redação foi publicada em "Diagnóstico e Tratamento", revista científica da Associação Paulista de Medicina, nas páginas 190 até 193, no volume 11, edição 3, jul/ago/set 2006. Foi indexada na LILACS e na BIREME.

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